Fala-me de Amor

Falais baixo se falais de amor - by Shakespeare

quarta-feira, março 16, 2005

O amor, elemento desconhecido até hoje pela comunidade científica, é um dom, e só pode ser bem compreendido por quem o adquiriu, ou seja, por quem pratica verdadeiramente a arte de amar.

Só quem já levou uma flechada de cupido pode entender o que é a ansiedade de depender da presença de outra pessoa para ser feliz. E o pior é tentar entender o por que isso acontece.


Somente um matemático de grandioso status na área da Filosofia poderia decifrar o fenômeno da soma perfeita, resultado da união entre dois corpos ardentes de paixão.
Pitágoras da Samos, filósofo da antigüidade, entendia não só dos números, os quais afirmou ser a essência das coisas, mas também da música, que embala em todo o universo e todos os seus pontos, qualquer matéria, seja esta solitária ou em companhia de seus pares.


Pitágoras afirmava que, tudo o que se movimenta produz um som, e desta maneira nos revelava como o mundo dos espíritos se projeta no universo, tanto no interior dos corpos dos homens e dos animais, como fora dele. E que através da história sabemos como os que vivem perdidos pela natureza, se embalam nos cálices de vinho de Baco, e acabam esquecendo o mundo dos deuses e perdidos acabam por enveredar em nossos corpos, seja em nosso dia de nascimento, ou em outro momento qualquer que sua natureza lhes convém.


Tudo foi analisado pelo homem em relação ao amor, este mesmo homem que não levou em conta que em qualquer momento de paixão, o que nos faz lembrar de nosso ser amado são as músicas.

E é exatamente este o motivo da atração à primeira vista entre duas pessoas, e que pode durar eternamente, a música, pois a lei universal descrita por Pitágoras, de que tudo que se move produz um som, serve também para nossas células.
Quando duas pessoas se encontram, e a música produzida por suas células se combinam, elas se embalam através do coração e de suas mentes, e este sentimento pode se perpetuar pela vida toda.

Cada um de nós tem uma música dentro de si. Quando esta música combina com a de alguém, não tem jeito, é amor a primeira vista.

É muito fácil de se ver e entender dessa música na prática. Basta que para isso observemos o comportamento dos animais, como é o caso dos cisnes. Na época de acasalamento, eles diferentemente dos seres humanos podem escutar esta música universal, e por isso dançam uniformemente o som divino do amor.

O amor independe, por este motivo, de qualquer condição social, religiosa e até mesmo de gênero, ou seja, o amor pode acontecer entre homens e mulheres, mulheres e mulheres e homens e homens.

Normalmente mulheres com mais energia que as outras se apaixonarão por homens com mais energia que os outros, assim como as mulheres com menor energia que as outras se apaixonarão por homens com menos energia que os outros.

Um resumo desta Teoria está descrita no livro "A Origem Divina de Todas as Coisas", Editora Thesaurus, Brasília - DF, autoria de William Fiel.

Os cientistas Robert Zatorre, na Universidade de McGill (Canadá) e Anne Blood, do Massachusetts General Hospital (EUA) descobriram através de aparelhos que permitem observar as alterações de pressão sangüinea em um cérebro humano, que ao ouvir música, as pessoas acionam exatamente as mesmas partes do cérebro que se alteram durante o prazer sexual, ou paixão, nas pessoas.
O estudo foi publicado pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences em 01/10/2001.